Semana 2
O texto da semana
trata da visão platônica do governante, ilustrada a partir do mito da caverna
que irá nortear a concepção do estadista como administrador público.
Para
Platão o futuro governante precisa passar por um processo de educação que o
torne ético e sábio. A contemplação da ideia do bem, para o filósofo, é
fundamental para que um governante possua uma ação correta tanto na vida
privada quanto na pública. Para ele o
verdadeiro político é aquele que se dedica à pesquisa filosófica e conceitual,
tornando o exercício da política um ato de gratidão ao Estado ideal que o
permitirá ascender até a contemplação da verdade, do bem e do belo.
Platão
critica a ocupação de cargos políticos por pessoas que alcançam esse posto através
da sedução do discurso persuasivo, que funciona como cortina para impedir que a
verdade se revele.
Platão
vê a arte da persuasão como uma ferramenta capaz de conduzir os governados ao
caminho real e verdadeiro, não devendo ser utilizada como mecanismo de
enganação.
Para
o filósofo o estadista precisará passar por uma rigorosa formação durante 30
anos, que equilibre teoria e prática, a fim de torná-lo apto para governar.
O
estadista, segundo Platão, deve personificar o Estado ideal, cujo coração se destina,
não a um cesto de moedas, mas à “ilha das bem-aventuranças”. Toda educação do
governante deve ser orientada ao bem em si, sendo ele aquele que investiga a
essência da realidade em vista da verdade e do bem em si.
A atividade da semana
procurou contextualizar a visão de Platão, fazendo um paralelo com o atual
cenário político brasileiro e as consequências de uma ação política corrupta
que privilegia os interesses particulares em detrimento dos interesses
públicos.
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