O termo hospitalidade, portanto, pode ter várias definições, uma vez que
está associado, em sua raiz ao termo hostilidade.
A hospitalidade pode ter seu sentido
atribuído à própria acolhida de pessoas quaisquer quanto às normas de etiqueta
de um certo lugar.
Em resumo, e objetivo dessa
discussão, a hospitalidade está na compreensão das relações com o outro que é
diferente e a acolhida dessa diferença bem como os sentimentos que lhes são atribuídos:
estranhamento, familiaridade, dever, reconhecimento da diferença, relação de
troca, gratuidade, etc.
Kant traz a relação da hospitalidade
com a razão prática: uma relação com o outro que implica um dever moral,
pautado no funcionamento da própria razão. Por outro lado, nos apresenta a
hospitalidade dentro dos aspectos jurídico-políticos se resumem no caminho para
a paz duradoura.
O estrangeiro para Kant é sempre o
outro, independente de sua origem territorial, devendo ser tratado como pessoa,
como fim em si mesmo e não apenas como meio.
A semana nos trouxe uma reflexão que,
diga-se de passagem, deve ser constante, sobre as diferenças e o nosso trato em
relação a essa temática. Como reagimos com o que é diferente? Diferente de nós ou para nós? O modo como reconhecemos a diversidade, a nossa conduta com o outro mostra a nossa verdadeira face. Qual o nosso conceito de hospitalidade?
Para reagirmos um pouco mais, abaixo o link de uma reflexão iniciada com as migrações, os refugiados e relação com o Mito da Hospitalidade, resquício da Cultura grega...
https://leonardoboff.wordpress.com/2015/10/02/o-mito-da-hospitalidade-e-os-refugiados-de-hoje/
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